A folha de hoje, terça feira, 16 de fevereiro de 2016, tem essa peróla: presidente da Shell* defende abertura do pré-sal.
O que nos assusta é a naturalidade dessa pérola. Com motivos lindos de que “socializar” os riscos é uma ideia quase comunista dessa grande empresa do petróleo.
Esconde todo um histórico de debate sobre o pré-sal e atua como defensora de uma empresa que certamente é uma anunciante do jornal.
Uma citação:
“O propósito da opinião pública gerada pela imprensa é justamente tornar o público incapaz de julgar, insinuando em seu espírito uma atitude irresponsável e desinformada.” (Walter Benjamin)
Vale lembrar, que na disputa do pré-sal, o modelo adotado privilegiou o povo brasileiro. Claro, se alguém roubar os recursos, que seja preso, como tem sido na Lava Jato. Mas não se joga a criança junto com a água e a bacia.
Da partilha do pré-sal, vale lembrar que nos EUA até o ano passado não se vendia petróleo produzido lá, o que se sabe é que os grandes vencedores foram empresas russas e chinesas, além de nós brasileiros.
Da parte brasileira, vale ainda lembrar, 10% foram aprovados como sendo recursos destinados à educação; Claro, que as hienas de plantão conseguiram puxar uma parte para a saúde e enfiaram que sistemas privados de ensino poderão também se servir desse recurso; O PROUNI é isso, dinheiro público para faculdades de péssima qualidade para o pobre. Curioso essas artimanhas.
E depois dizem que sou pessimista. Digo que não, apenas penso.
Correção feita no dia 18 de fevereiro de 2016
P.S.? A Schell é uma empresa anglo-holandesa. As estadunidense, entre outras, podem ser Texaco e Chevron com sede no EUA, mas espalhadas pelo mundo.
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