A Maçonaria é uma Religião?
Autor: Aldo Alessandro Mola (Universidade de Milão)
Tradução e Notas: Drd. Cidio Lopes de Almeida
Ao responder à pergunta se a maçonaria é ou não uma religião, é necessário esclarecer as origens, natureza e propósito tanto da maçonaria quanto da Igreja Católica. No entanto, é importante ressaltar que é uma tarefa difícil alcançar uma compreensão completa desses aspectos dentro do escopo desta discussão. No entanto, para fornecer algumas diretrizes para a discussão, podemos oferecer algumas orientações na tentativa de responder a essas perguntas.
1. A Natureza do Problema
Responder à pergunta se a maçonaria é ou não uma religião significa nada mais, nada menos do que esclarecer a origem, natureza e propósito da maçonaria e das religiões. É, evidentemente, uma tarefa impossível de alcançar aqui. Não podemos deixar de abordar o tema em questão, portanto, apenas ofereceremos e tentaremos responder a essas perguntas com algumas diretrizes para a discussão.
Antes de tudo, precisamos esclarecer que a pergunta que constitui o título deste trabalho e de todo o curso pode ser respondida de pelo menos três maneiras diferentes.
Primeiro, pode haver uma resposta meramente doutrinal, ou seja, com base nos documentos nos quais a maçonaria se define. Apesar de parecer simples e rápido, essa solução na verdade leva a um caminho muito difícil, cheio de obstáculos. Pode-se concordar que a maçonaria é exatamente como definida pela Grande Loja Unida da Inglaterra (UGLE).
Em segundo lugar, uma vez que a UGLE não é, nem foi a única associação que pode ser intitulada como "maçonaria", não podemos deixar de estudar como outras fraternidades, ordens e instituições definiram suas relações com Deus e religião. É claro que a resposta para a questão principal aqui deve ser buscada através da história e não apenas na doutrina.
Em terceiro lugar, à luz da reflexão científica dos últimos dois séculos sobre a natureza e função das religiões, é difícil não nos perguntarmos se, independentemente do que os maçons possam ter afirmado, a maçonaria adquiriu de fato os caracteres da religião e desenvolveu funções correspondentes. Se esse for o caso, podemos considerá-la uma imitação de religiões positivas ou reveladas, como o judaísmo, o cristianismo ou o islamismo, e abordá-la de forma mais plausível como novos movimentos religiosos.
Por fim, deve-se mencionar uma precisão terminológica: a palavra "religião" não é usada aqui no sentido moderno de religiosidade, espiritualidade, piedade, mas com uma forte conotação de fé. Aquela que se refere à Revelação, à Promessa, à Profecia, à descoberta de um Deus metafísico e transcendente.
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Este texto é bibliografia fundamental do nosso eixo de estudos sobre Maçonaria e Sagrado.
Para aprofundar essa discussão com rigor acadêmico, conheça o
Seminário de Filosofia e Simbólica no REAA.
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