O saber estar em grupo ou compor, como alguns preferem dizer, parece ser o maior aprendizado. Parece simples, mas infelizmente não é. Como em outras aglomerações existem vetores que obrigam as pessoas a se “aturarem”, no caso da agremiação de “pedreiros” a coisa vai por outro lado. Uma vez que se trata de um mero club de cultura, sem implicações materiais como diz as “fofocas” virtuais, quem fica acaba por desenvolver um aprendizado calcado na liberdade. Quem se obriga a estar ali, desenvolve a sabedoria mais genuína de conviver em grupo e suas implicações.
A riqueza do grupo reside, aliás, nessa liberdade, pois permite que todos sejam sujeitos de suas histórias, que podem ser histórias de fracassos e, raros, sucessos. O difícil desse conviver com as diferenças é saber o limite. A linha a qual depois dela passamos para o território da “indiferença”. O que filósofos como Adorno e Horkheimer chamaram da incapacidade de nos chocarmos, de denunciarmos os absurdos. Até que ponto conviver com o diferente é aceitar pensamentos de excessão, mais conhecidos por suas manifestações históricas: nazistas e fascistas.
Esse é o desafio que perpassa não só essa escola de filosofia. É um tema para todos nós. Seja na escola formal, que valoriza muito a ideia e a prática da expressão pessoal, ou nos vários lugares da sociedade do “facebook”. Qual é o limite da diferença?
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