A destruição do político!

A destruição do político!
Os meios de comunicação estabelecidos, grandes jornais e tv, tem utilizado como estratégia, ao cobrir o Poder, a sua desmoralização. A cobertura do poder, consiste em atacá-lo e medir forças de poder.

Nesse cenário, será comum encontrar a sensação geral de que o Governo não presta. Mesmo que no mesmo jornal se noticia investimentos bilionários da China no Brasil, a sensação de que somos um fracasso contínua.

A baixa auto-estima como vetor da cultura luso-brasileira é de longa data. A associação dessa característica à jogada de poder das mídias é mais recente, especialmente depois da ditadura civil-militar.

O fato é que desse jogo temos o surgimento de “políticos que não são políticos”.  Indivíduos que compreende nada da política e não tem constrangimento algum na hora de exibir as ideias mais desconectas possíveis acerca da política.

O que infelizmente faz algum sentido, pois suas ideias se apresenta para outros que também não ideias propriamente políticas, mas misturam desejos subjetivos, sensações meramente pessoais, com ideias coletivas, como pensamento complexo. Entronizados nesse egoísmo, o discurso de Lobão e outros tem eco, pois eles falam para outros egos e a lógica que faz eles terem platéia se explica exatamente entre a comunicação de egos.

Pessoas que odeia a política ou a trata como sendo algo imoral, imagem construída pela mídia, querem fazer algo que não pode ser política; mas o que querem mesmo?

Esse cultivo pela não-política, que interessa imediatamente ao jogo de poder entre as corporações de mídia e o Estado, acaba por contaminar toda a política. Tal postura elimina até mesmo uma oposição necessária ao discurso  democrático. A desqualificação da oposição política, que se nutre desse discurso do subjetivismo,  provoca na situação um efeito de piorá-la também.

É importante no debate político termos debatedores qualificados. Ser de direita não é ser facista, é possuir qualidades políticas. Um governante político de direita, representando industriais, empresários no geral, não precisa ser um imbecil. Dizer que não dá para pagar mais um professor não precisa ser no estilo do Paraná. Ser proprietário não precisa ser autoritário, a lógica da propriedade privada é muito bem consolidada no Brasil.

Portanto, com a desqualificação da direita quem também perde é a própria esquerda. E perde todos nós. Um modelo de poder autoritário pela direita e pelas corporações de mídia, que não representam a totalidade dos empresários e micro-empresários, é um equívoco e um atraso para o Brasil. É a tentativa que existe desde o embate entre os produtores de café e a industrialização brasileira. É um setor com forte ligação à escravidão, o cafeeiro, querendo ainda hoje se impor com os mesmos métodos daquela época nefasta. Os grandes mídias, dentre elas as que são uma concessão do governo, representam isso. O simplismo dos não políticos é o efeito do trabalho delas em se impor de modo ilegítimo como Poder sobre o Poder do Estado. O seu poder não emana do trabalho licito de cobrir o poder, tese que é o beabá da comunicação social, mas da usurpação do poder que ela pretensamente cobre.


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