Maçom é do capeta

Maçom é do capeta: o tema da intolerância

 

 

Quando a cultura religiosa procura confortar seu crente com um discurso que abarca a totalidade da vida, tal pretenção facilmente se traduz em uma violenta destruição do que seja o diferente. 

 

Se na base encontra-se um esforço genuíno de prover conforto, de promover o sentido último da vida, sem notar, chega-se facilmente ao estágio de intolerante. No exercício de enquadrar tudo a partir de uma perspectiva, se elimina as diferenças, pois com frequência nem a vemos mesmo.  

 

É nesse ponto que a cultura religiosa numa sociedade civil, especialmente as existentes nos regimes políticos democráticos, tem que ser objeto da ação democrática. 

 

No caso brasileiro em especial, temos na atualidade toda uma proposição contida na Base Nacional Comum Curricular da área denominada Ensino Religioso. Não se advoga “ensinar” uma religião, mas promover o conhecimento do campo do saber que encontra-se sobre a sigla Ensino Religioso. 

 

 

A primeira reação das Igrejas autoritárias consistem justamente em querer impedir tal abordagem. Para os autoritários o simples fato de permitir que o “outro” exista, que se possa falar das “outras” religiões, já consiste num ataque frontal a si, a seu credo. 

 

Com os autoritários não há conversa; para si estão movidos pelo maior dos bens, que é a defesa da sua fé particular como sendo ela total, totalitária. Não consegue dentro do seu império de ideias neuróticas conceber que a sua “totalidade” só é sua; e que haver outras totalidades em nada o afetaria; ou que há de fato infinitas outra totalidades que passam ao largo das suas comezinhas fantasias. 

 

 

 

 

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