Columbia University in Rio de Janeiro

Columbia University in Rio de Janeiro


Os filósofo são considerados chatos, pois quando todo mundo
está alegre, fazendo a maior festa, o danado lembra que é preciso pagar a
conta. Certamente é um cara chato.
A pouco uma estadunidense-mania ganhou mais uma faceta
entre nós, os eternos colonos. Trata-se do famigerado “escritório” ou coisa
parecida(GLOBAL CENTER OF STUDIES) da Columbia University no Rio de Janeiro.
Com declarações ridículas de Sérgio Cabral do tipo: “suspendo minha agenda para
encontrar o fulano representante do tal ‘central de produção de espoliação’ do
terceiro mundo”.
Como disse no início do texto, somos chatos. Parece que
gostamos de acabar com a alegria da submissa classe média “extrangeirada”.  Vamos começar a lembrar de outra parceria
entre Brasil e USA, para depois propor algumas ideias sobre o futuro da atual
sanha pela “caserna de ensino estadunidense”. Precisamente nos anos 70(72)
através do MEC/USAID(United States Agency for International Development). Como
foi boa essa parceria de desenvolvimento. Exatamente nessa década o projeto
logrou o desmonte da Educação Básica Pública de qualidade.
Um ano memorável dessa parceria foi 1972. Para nosso bem, o
parceiro nos propôs que Filosofia fosse banida dessa etapa de ensino. Afinal o
bondoso “parceiro” do norte nos disse que a moda era ensino técnico. Ele nos
colocou a questão: “Ensino Clássico? Que absurdo!” Filosofia? Opá! Coisa de
comunista, comedor de criancinhas…. Alguém discorda? Não, é verdade
precisamos de educação técnica, precisamos desenvolver o Brasil e o melhor é
importar as ideias prontas do ‘norte’. Como somos esperto, asseverava a elite
da época, vamos economizar tempo, cortando o atalho do árduo e caro
desenvolvimento de ideias autóctones. Pegar a ideia que já estava sendo testada
no USA era o máximo. Afinal, eles já tinha experiência.
Pouco se falou que a experiência por lá serviu muito bem
para dissimular as lutas do “pretos” e mantê-los sobe controle através da velha
assimilação como uma segunda fase da dominação. Essa parceria gerou alguns
monstros por aqui. O primeiro foi a construção dos Polivalentes. O segundo foi
o surgimento dos grandes grupos privados de educação. Com destaque para
Objetivo, Pitágoras e a ascensão das escolas privada-confessional.
A parceria foi muito boa para o setor privado e religioso,
que viram em menos de 15 anos seus negócios se tornarem os mais valorizados.
Chegando mesmo a fundir ensino privado com a própria ideia de qualidade. Se é
“privada” é boa. Hoje quando se fala em meganegócios do setor, como a venda do
Sistema COC, todos escodem que eles, como em outros setores da nossa economia
colonial, se valeram de uma sucateamento propositado e planejado de serviços
públicos. Tudo planejado pelo amigo do norte com parceiros nacionais, hoje donos
de fortunas. Eike Batista que explique como se tornou o magnata do setor de
mineração e o fato de seu pai ter sido ministro dessa área durante os governo
dos ressentidos militares. Nenhuma ligação, é mérito dele.
A atual parceria: Columbia University
Vamos
começar por Robert Glenn HUBBARD, da Columbia Business School ou seu colega
Frederic Mishkin. Esses renomados pensadores da economia, especialmente de
métodos de desregulamentação econômica tem muito a nos ensinar. Vamos começar
com a lição de como conseguiram fazer da Islândia um excelente laboratório.
            A Islândia começou por vender todos
os seus bancos e depois desregular tudo até uma crise econômica em 2007. Enfim,
qual a relação? Os renomados “professores” são produtores de “opiniões”
valiosas. Se eles dizem que “pau é pedra” assim será. Esse poder de “Hery
Potter” se materializa não com uma varinha, mas com um mega aparelho
financeiro-midiático.
O que quiseram dizer Frederic Mishkin(recebeu $124.00) ou
Richard Portes (London Busines School) que a Islândia possuía uma economia
forte, segura e moderna? Eles estariam se preparando para dizer o mesmo do
Brasil?
Columbia, parte de uma questão maior
Os nomes acima são apenas a ponta do “iceberg” a serem
prospectado em outro momento. A questão mais profunda que nos interessa agora é
registrar que nossa relação com outras culturas não é propriamente uma relação.
Antes era com a França, agora com os USA. A questão não é o intercâmbio, mas a
submissão embutida no pretenso intercâmbio. O novo tipo de colonização se vale
da sofisticação do setor bancário-financeiro que se serve dos estabelecimentos
de produção de informação (jornais) e cultura(ensino formal).
O famigerado intercâmbio é a porta para que Universidades
estadunidenses e canadenses façam seus serviços de cooptação. Para dotar de
realidade essa trapaça Legal, os jornais nacionais estão cheios de endossos.
Toda família de classe média assististe as reuniões de exportação de seus
filhos e o Dimenstein, um disléxico de sucesso, produz seus testículos
exultando as maravilhas de Harvard. 
A pouco a alegria ecoou em Londres, o que nos confirma a
tese da relação entre finanças-mídia-educação. O projeto de “ciência sem
fronteira” foi notícia na terra da Rainha Pop-Star. A ousadia do projeto, como
destaca o jornal, estaria no mesmo nível das analises dos renomados economistas
acerca da Islândia?
A
ideia de intercâmbio se vende com argumentos “sólidos”. Afinal, é obvio e
natural como o sol que eles são melhores. É mágico. Natural é copiarmos, não há
contra-argumento, o circuita se fecha.
Essa postura revela nosso lado ibérico-luso. Problema de
identidade como vetor fundamental da cultura. Nosso medievalismo moderno e
nossa religiosidade casam bem no modelo neo-colonial. Mesmo quando os “amigos
do norte” nós propõe uma aberrante escola, passamos a imediatamente a
considera-la normal. A Escola Polivalente de Conselheiro Pena, entre várias
outras,  tem uma estrutura adaptada para
países onde há neve. Contudo em Conselheiro Pena a temperatura é de 30 a 39
graus C. A escola é até bonita. rss.
Enfim, a presença da Columbia University nos propõe várias
reflexões sobre nossa eterna postura submissa. Em hipótese alguma a ideia é o
isolamento, o nacionalismo. O intercâmbio faz bem para todos nós. O que não é
bem vindo é a falsa troca, onde “levamos o velho espelho e as doenças” e
concedemos nossas riquezas minerais e intelectuais, para não dizer de nossas
“lindas” índias. Internacionalizar nossa cultura universitária não é ter
pesquisadores escrevendo em inglês e sobre os problemas dos estadunidenses.   Ser
citado nos rankings criados por eles, escrevendo sobre eles, sobre as questões
deles, financiado com nosso dinheiro não pode ser considerado troca, mas uma
sacanagem. A presença dessa e de outras Universidades de Marca é só na medida
em que o Brasil se tornou uma ótima “oportunidade” delas ganhar dinheiro
conosco. 

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