Os evangélicos: ogros por excelência ou snobes?

Os evangélicos: ogros por excelência ou snobes?
Um rascunho sobre os evangélicos!
O evangelismo brasileiro é peculiar. Precisamos situá-lo em classificações próprias e as vezes até mesmo abrir um categoria geral, para onde irão todos aqueles que não classificamos. 
Para tratar em hipótese o tema, antes quero trazer nesse texto dois exemplos. Depois volto ao evangelismo e minha hipótese. 
O primeiro são os cristãos dos primeiros séculos ou aquilo que temos notícias genéricas sobre esse germe da cristandade. Seus embates para se diferenciarem do Judaísmo e suas auguras oriundas da opressão do Império romano. 
Outro exemplo será o filme espanhol “Ágora” (Link com mais info), que em grego quer dizer praça. 
No caso dos primeiros cristãos, representado na trama do filme, o contexto é o seguinte: “A marca do cristianismo nascente era a inclusão dos excluídos”. A religião nascente atendia a todos os oprimidos, escravos. O pulo do gato era uma religião que driblava a estrutura social. De resto social você era posto em uma comunidade que o tratava como irmão. Essa dignidade era o atrativo, não importava o resto; até memo havia citação nessa religião que desdenhava qualquer outro saber; especialmente o saber da Filosofia. Amplamente divulgado nas elites de fala grega. 
O pulo do gato foi uma dotação de dignidade à pessoas sem tal valor social. O resultado foi pessoas incultas, grosseiras, se valendo de um saber simplista para virar o jogo de poder. Assim, um escravo se valia que “a sabedoria do deus cristão é loucura” ou “que o saber louco do cristão é maior do que os outros saberes”. 
Nada de novo na face da terra. Pessoas de classes subalternas ao Poder querendo tomar o Poder. E não importa o meio, mas nesse caso a ruptura se deu exatamente na desvalorização dos saberes elaborados; no caso a matemática, como é muito bem expresso no Filme Ágora. Como também fica claro, na perseguição e morte da personagem principal, esse jogo entre o néscio e o culto. 
Pessoalmente não defendo a escravidão, muito menos a servidão(inclusive a do Watsapp). O problema é que tal virada de jogo elimina saberes construídos durante vários séculos; no lugar entra uma classe de néscios que irão patinar mais 1000 anos. 
Seria novidade se houvesse uma revolução epistemológico, como ocorreu na Itália Renascentista. 
Voltando aos evangélicos de hoje. No geral é o mesmo quadro. Pessoas sem cultura alguma ou com um tipo de cultura denominada de massa, encontra nas várias Igrejas evangélicas um acalanto para uma vida de marasmo. O que gera o “arrogante de massa”. Indivíduos que não se aplicaram em estudar, se qualificar, e se deixaram levar pela moda do consumo; aos chegarem na casa dos 30 entra em pânico; aquela relação com o infinito/morte lhe empurram para as Igrejas. 
Esse desqualificado e seguidor da moda da novela, agora tem até novela da Bíblia, passa a ser um tipo peculiar. Apesar de ser evangélico ele carrega em si vários traços Católicos Romanos, entre os quais encarar o trabalho como castigo e não como forma de libertação, como é próprio do  “protestantismo”. 
Esse novo “especial” é um snobe, que nada mais é do que um falso nobre. É ogro, mas deseja ser tratado como nobre; o que eu julgo ser justo, mas o problema desse ogro é que ele tem preguiça de deixar de ser ogro; aí é que eu vejo o problema. É o cego que não quer ver; ele quer ser nobre, mas é relaxado e tem preguiça de estudar; não estuda nem mesmo teologia; 
No computo geral esses evangélicos se tornam péssimos empregados. Eles não tem formação, e as profissões artesanais que sobraram para eles são executadas com qualidades péssimas. Portanto, não se trata de defender que pessoas não tenham o direito de serem dignas. A questão é que existem pessoas e entre elas os evangélicos figuram em alta, que não desejam ser melhores. Serem mais éticas, etc. Elas apenas querem o Poder; e não conseguem se mobilizarem para se elaborarem mais. 
A primeira vítima dessa letargia existencial é a família do pobre. O mundo do trabalho vem logo depois, com péssimos profissionais. No seio da família assistimos os mais variados abandonos ou negligência. O mais clássico é aquele pai ou mãe que veem nos filhos uma fonte de renda; uma aposentadoria; “Afinal, filhos ajuda à mãe”! Não se pergunta e a mãe? E nesse caldo é que vamos receber as crianças na creche, no Fundamental I e II. Crianças “sem educação”, pois os ausentes pais, ainda que presente fisicamente, por negligência seguem mais a novela do que cuidam dos filhos. 
Nesse processo há vitimas e algozes. É um circuito que não dá para saber quando começa. Contudo, as Igrejas evangélicas apenas reproduzem isso, acentuam isso. E seu grande pulo do gato continua a ser uma oferta de Poder para os desempoderados. E a oferta é atraente, pois é simplista e está à altura de todos os “escuta zé ninguém“(no link sobre o livro)

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