Como se constrói uma guerra: pela mídia.

Como se constrói uma guerra: pela mídia.
É vergonhoso verificar como a mídia brasileira e francesas, para citar só duas, tem empenhado em construir as bases para a Guerra entre Israel e Irã.

A possibilidades factuais para demonstrar tais induções são milhares. Chega ser difícil fazer um recorte, mas é necessário, pois seria humanamente impossível tratar todos os casos.

Vou tomar apenas dois. O caso do “jornalista” morto na Síria e os “amigos da Síria”.

O caso dos jornalista tem alguns fatos que não foram explicados e que permitiu, segundo Boris Vian, afirmar que se tratava de espionagem. Sabe-se que a França tem lá seus métodos de se fazer presente em várias partes do mundo. Entre eles é o de atuar nos bastidores. Aliás, a França possui um exército denominado Legião Estrageira que recruta estrangeiros para atuar como militar fora dos território francês. Será para que mesmo?

A segunda piada é os amigos da Síria que se reunirão na Tunísia. O mais irônico é que nessa reunião estavam vários países Árabes que são nomeadamente monarquias absolutistas, como Árabia Saudita, Baherem, etc…. Os amigos pretendem patrocinar a guerra civil na casa do amigo.

O mais hilário de tudo isso é que o grupo de al-Assad foi posto no poder pela França, logo após a desestabilização e derrocada do Império Otomano.

Pode-se discordar do Governo de Damasco. Certamente ele ao lado de vários outros governos do Oriente Médio estão longe de serem democráticos e de proteger e promover vida mais digna para seus cidadãos. Contudo, pode-se ter absoluta certeza de que um cidadão Sírio tem mais direitos do que um da Arábia Saudita, do Baherem ou do Kwait.

Enfim, há muitas manipulações das informações. A manipulação chega seria cômica se não envolvesse tantas mortes. Quando um texto de jornal se refere ao Presidente al-Assad como ditador deveria empregar o mesmo termo ao se referir ao “rei da Jordânia” ou ao “rei do Marrocos” e, claro, ao “rei da Árabia Saudita”.Por que não o fazem? O que diferencia um do outro?  O que o “reino do Marrocos” tem feito com o “Saara Ocidental”? que é um país reconhecido pela ONU, mas tem seu território ocupado pelo “reino de Marrocos”?

Como se vê, é possível fazer uma crítica das informações se valendo das contradições ao acesso de todos. Não se trata, portanto, de apresentar um conjunto de informações não verificável do tipo, consegui isso com um informante secreto. A desconstrução pode se valer apenas do confronto de informações publicadas pelos próprios meios de comunicação que no desejo louco de fazer os preparativos para a próxima guerra não tem tempo de esconder suas próprias falhas.

AMF
Bem próximo do fronte. Onde os preparativos para a guerra estão a todo vapor.

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