Airbus 321 no Sinaï – apenas uma hipótese permanece

Airbus 321 no Sinaï – apenas uma hipótese permanece

Fonte do artigo Rede Voltaire 

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Valentin Vasilescu demonstra aqui a impossibilidade da teoria de uma bomba colocada no avião. Depois de explorar todas as hipóteses, resta agora apenas uma – a de uma falha no software do piloto automático. Portanto, podemos concluir que as acusações do Reino Unido e dos Estados Unidos, bem como a reivindicação de responsabilidade pelo Emirado Islâmico, são propaganda. O acidente não foi um ataque terrorista. Mas os problemas no sistema de piloto automático podem ser um acidente ou o efeito de sabotagem por um serviço secreto extremamente especializado.
 | BUCARESTE (ROMÉNIA) | 17 DE NOVEMBRO DE 2015 

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Os investigadores russos trouxeram com eles ao Egito um complexo aparelho concebido para testar os escombros dentro e fora do avião. Esse equipamento permite a detecção de explosivos baseados em aerossol para um nível de sensibilidade de 20 nanogramas. Se, em soluções de teste, aparecerem vestígios de cor marrom-violeta, o agente é revelado como TNT. Se aparecer um precipitado laranja, o explosivo é Tetril, ou outro explosivo de grupo um (TNB, DNT, ácido pícrico, etc.). O dispositivo russo possui uma gama de testes separados para explosivos do grupo B. Com esse sistema, a aparência em soluções de teste de cor rósea indicaria o uso de dinamite, nitroglicerina, RDX, PETN, SEMTEX ou nitrocelulose. Se as reações químicas não identificarem explosivos dos grupos A e B, o equipamento de teste verifica automaticamente a presença de componentes que contêm nitratos inorgânicos, tais como cloro, bromo ou peroxide, usado na preparação de dispositivos explosivos improvisados (ANFO).

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O diário egípcio Almasry Alyoum publicou uma declaração da equipe de investigadores trabalhando sobre o acidente do avião russo A321 na Península do Sinaï – a equipe afirmou que nenhum vestígio de explosivos fora descoberto nos escombros do avião, ou nos artigos de vestuário e tecidos recuperados dos passageiros. Assim, a hipótese veiculada por funcionários britânicos – de acordo com a qual a queda do avião russo teria sido causada por uma bomba a bordo, com base na chamada ’intercepção’ de uma conversa entre os líderes do Emirado Islâmico – provou ser falsa. A hipótese de um ataque por um míssil terra-ar ou ar-ar, também está fora, pois os mísseis de guerra contêm TNT, uma substância que não foi detectada pelos investigadores. A hipótese de uma explosão em um dos motores também deve ser descartada, desde que as lâminas de turbina foram descobertas intactas.

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O mesmo é verdadeiro para a teoria da explosão de um dos tanques de combustível, uma vez que estes estão situados nas asas e uma explosão para a direita ou esquerda teria desconectado a asa da fuselagem. Mas as asas caíram no chão intactas, a alguns metros da parte anterior da fuselagem, pegando fogo. Este fato indica que não foram desanexadas da fuselagem, e que não havia nenhum fogo nos tanques de combustível antes do contato com o solo.

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Assim, o mito tecido pelo canal de televisão norte-americano NBC, segundo o qual o Pentágono declarou que um satélite militar dos EUA, na área e no momento do acidente, tinha detectado um pico de calor e luz, acaba por ser uma mentira. Finalmente, neste ponto, o Emirado Islâmico ou qualquer outra organização terrorista, é aliviada de responsabilidade no acidente do avião russo Airbus A321 no Sinaï, o que, aparentemente, incomoda os governos dos EEUU e Reino Unido. Por que?
A despressurização do avião continua a ser uma das hipóteses ativas, mas somente como resultado de manobras caóticas do avião e não como uma causa em si. Como eu disse em um artigo anterior [1], os movimentos de arremesso repetitivos, com sobrecargas negativas e positivas, para além do normal para um avião de passageiros, são o que levou à separação dos painéis exteriores, à torção e luxação de certos elementos de resistência na estrutura básica do avião (vigas centrais, costelas, etc.) e à ruptura das tubulações hidráulicas e mangueiras fixadas para o revestimento exterior. Na ausência de pressão hidráulica, a tripulação do avião não pode controlar nem profundidade nem direção. O ruído anormal, descoberto durante a análise da caixa preta, provavelmente indica a despressurização, seguida do deslocamento de algumas das peças do avião a uma altitude de cerca de 5.000 a 6.000 metros, tal como foi confirmado pelo impacto de fragmentos grandes do avião a mais de 2 km na direção do voo.

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Vamos voltar aos 06:12:59 no progresso do acidente e tentar decodificar cada uma das flutuações nos parâmetros de voo. É essencial sublinhar o fato de que o avião estava naquele momento sendo conduzido pelo piloto automático. Em primeiro lugar, notamos uma descida de 3 segundos, com uma perda de altitude de 150 metros, o que conduziu a uma sobrecarga negativa de 2 G. Essa manobra é muito repentina, produzindo uma sensação de « bolso-de-ar», a ser comandada pelo pessoal de voo.

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O segundo comando resultou na recuperação da aeronave, subindo 800 metros em 2-3 segundos e causando sobrecargas positivas entre 5 e 6 G, valores que só existem para aviões de combate em situações de combate próximas, levando o piloto à perda da visão – conhecido no jargão aeronáutico como «véu negro». Na minha opinião, é impossível que este comando possa ter sido originado por parte da tripulação de voo – apenas um piloto automático com defeito poderia ter gerado tal subida. Se os pilotos tivessem estado no controle após a primeira descida brutal, eles teriam corrigido o avião progressivamente, antes de tudo na horizontal por 8 a 10 segundos, então subindo lentamente para retornar à sua altitude de cruzeiro.
O terceiro comando consistiu em mudar de 40° a 50° subida para um mergulho de 20° a 30°, com uma sobrecarga negativa de 4G, e é impossível que essa manobra tenha sido executada pela tripulação de um avião de passageiros porque todos perdem a consciência, com a aparência do que é chamado «véu vermelho». Os únicos momentos em que a tripulação poderia aparentemente ter interferido teriam sido durante os breves momentos de voo horizontal – 5 segundos e 3 segundos –, se desimpedidos por outros fatores incontroláveis. Em situações normais, o centro aerodinâmico do piloto automático não permitiria manobras que pudessem levar a sobrecargas próximas à destruição material, quaisquer que fossem os comandos operados pelo piloto no controle manual. A causa destas manobras caóticas, portanto, só pode ser devido a uma disfunção do mecanismo do piloto automático.
Para além do fracasso do computador do piloto automático, devido a esgotamento material, expliquei, em um artigo anterior, que é possível tomar o controle de um avião como o A321 do lado de fora, por pirataria em software do piloto automático, através de um programa instalado anteriormente, ou através de uma transmissão terrestre. Por uma estranha «coincidência», desde os primeiros segundos em que manobras caóticas do avião foram anotadas, tanto o transponder quanto o rádio cessaram a transmissão. O transponder teria indicado parâmetros de voo do avião para os controladores de tráfego aéreo e, através de rádio a bordo, a tripulação poderia ter assinalado o aparecimento de situação de emergência e descrito o comportamento do avião.
No entanto, o que levou à disfunção do piloto automático naquele exato momento, só a Comissão de inquérito será capaz de determinar.
Tradução
Marisa Choguill

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